Por: Samson Makone
Esta quarta-feira, Moçambique vai marcar a passagem dos 42 anos dos Acordos
de Lusaka, assinados a 7 de Setembro de 1974, que ficou conhecido como o Dia da
Vitória.
O dia da assinatura dos Acordos de Lusaka celebrou-se com fortes críticas às
acções protagonizadas pelos homens armados da Renamo nas algumas regiões da
zona norte e centro do País conforme citou a mensagem da população lida pela
ocasião. “Queremos dizer a Renamo, parem de saquear medicamentos nos hospitais,
parem de matar, os moçambicanos querem circular livre, queremos, cultivar
livre, queremos a paz” - citou a mensagem
O governo do distrito de Sussundenga repudia e condena com veemência os
actos macabros dos homens residuais da Renamo, que semeia luto nas famílias moçambicanas
impedindo a livre circulação dos mesmos. “Nós repudiamos e condenamos com veemência
os actos macabros dos homens residuais da Renamo” – disse Joana Guinda,
Administradora de Sussundenga
De recordar que foi a 7 de Setembro de 1974 que a Frente de Libertação de
Moçambique (Frelimo) e o Estado Português rubricaram os “Acordos de Lusaka”,
que reconheceram formalmente o direito do povo moçambicano à Independência.
Como consequência, os portugueses acordaram com a Frelimo o princípio da
transferência de poderes, sobretudo a soberania que detinham sobre o território
moçambicano.
No âmbito dos mesmos acordos foi igualmente estabelecido que a
independência completa de Moçambique seria solenemente proclamada no dia 25 de
Junho de 1975, data que coincidiria, propositadamente, com o aniversário da
fundação da Frelimo.
Para além destes princípios, os Acordos de Lusaka estabeleceram,
relativamente ao território de Moçambique, o regime jurídico que vigorou
durante o período de transição para a Independência (período a iniciar com a
assinatura dos Acordos e a terminar com a proclamação da Independência de
Moçambique).